AEN - Paraná é o segundo Estado mais inovador do País e quer avançar

AEN - Paraná é o segundo Estado mais inovador do País e quer avançar

31 de maio, 2019

O Paraná é o segundo Estado mais inovador do País e também aparece na vice-liderança em investimentos em ciência e tecnologia, atrás apenas de São Paulo. É o que revela o Índice de Inovação dos Estados, lançado neste mês pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).

A pesquisa é resultado de um balanço de oito indicadores que medem do capital humano à infraestrutura, partindo da capacidade de inovar para resultados concretos. Os dados foram consolidados a partir de estudos técnicos do Tesouro Nacional, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), CAPES, Anatel e Ministério do Trabalho.

No índice de 0 a 1, o Paraná pontuou com 0,66, praticamente o dobro da média nacional das 27 unidades da federação, de apenas 0,35. O governador Carlos Massa Ratinho Junior avalia que os dados mostram que o Paraná tem um ecossistema equilibrado e eficiente, fundamental para fazer a inovação avançar em todas as áreas, no setor público e na iniciativa privada.

“Este levantamento demonstra nosso potencial. Mas queremos avançar e ser o Estado mais inovador do País”, afirma o governador. Para isso, relata ele, o Governo do Estado programa investimentos robustos em infraestrutura, tecnologia no campo, capacitação profissional e no estabelecimento de pontes entre a produção científica das universidades estaduais e institutos de pesquisa e as demandas do setor produtivo.

Ratinho Junior destaca ainda que esteve no Vale do Silício, nos Estados Unidos, para aproximar o Paraná de startups focadas em soluções tecnológicas inovadoras e que o Estado também discute parcerias com corporações como a Microsoft. Ele ressalta que, além as universidades, estatais como a Celepar, Tecpar, Copel e Sanepar têm papel fundamental no fomento à inovação e soluções tecnológicas.

Capacidade

Os dados da FIEC mostram que o Paraná, com esse conjunto de ativos públicos, que também envolve a Fundação Araucária, é o segundo Estado que mais investe em ciência e tecnologia. São Paulo pontua com nota máxima (1) e o Paraná com 0,78, bem à frente da média nacional, de apenas 0,25.

Na qualidade de pós-graduação e inserção de mestres e doutores na indústria, índices que medem o capital humano, o Paraná aparece sempre entre os primeiros dez colocados. A oferta de mão de obra qualificada é determinante tanto para a absorção de novas tecnologias, processos e modelos de negócios que despontam no mundo, como para estimular atividades internas de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento).

Para Aldo Bona, superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o resultado desse estudo demonstra que o Estado encara seu sistema de ensino como grande ativo para o desenvolvimento. "O desafio é fazer com que os resultados das universidades se conectem ao desenvolvimento regional, para que haja articulação com a indústria, o agronegócio, a agricultura familiar, ou seja, com todo o setor produtivo", aponta.

O levantamento revela que o Paraná é segundo no índice de propriedade intelectual na indústria, atrás apenas de Santa Catarina e na frente do Rio Grande do Sul, o que posiciona a região Sul como a maior produtora de patentes por habitantes. Os dados foram compilados a partir do banco do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Em relação à produção científica, medida com publicações em periódicos especializados, o Paraná aparece em sétimo. Na intensidade tecnológica da estrutura produtiva, que é o conjunto de competências para produzir bens de maior complexidade, o Paraná aparece em quinto, atrás apenas de Amazonas, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

No índice de competitividade global em setores tecnológicos, que revela que os produtos brasileiros podem aliar alta qualidade e baixo custo, o Paraná aparece em sétimo, atrás de São Paulo, Pernambuco, Amazonas, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Bahia. Esse indicador é medido pela parcela das exportações de alta e média-alta tecnologia, e também pela diversidade das exportações. Além de medir a inserção internacional de bens, é verificado se essa inserção não está concentrada em pouquíssimos itens.

Pesquisa

O Índice de Inovação dos Estados da FIEC é dividido em duas áreas: capacidades e resultados. Elas avaliam tanto o ecossistema de inovação quanto a inovação em si. O conjunto de indicadores, quando postos em conjunto, constroem a base para o crescimento da competitividade e produtividade estadual. Segundo a FIEC, o estudo é um raio-x de como cada estado se posiciona em diferentes aspectos do processo inovador. Ele terá periodicidade anual.

Brasil

O Brasil ocupa atualmente a 64º posição no ranking mundial de inovação (Global Innovation Index), atrás de diversos países em desenvolvimento como Chile (47º), México (56º), Índia (57º) e África do Sul (58º). Além disso, o País está em 58º no ranking que mede as capacidades e em 70º no ranking que mede os resultados.

Fonte e Foto: AEN

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