Operação Padrão na Fronteira causa prejuízos ao setor produtivo do Paraná

Operação Padrão na Fronteira causa prejuízos ao setor produtivo do Paraná

04 de fevereiro, 2022

O G7, grupo das 7 lideranças do setor produtivo do Estado do Paraná, em sua atuação pelo desenvolvimento econômico e social do Estado do Paraná e do Brasil, por seus representantes abaixo assinado, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência apresentar Manifestação e requerimento quanto aos efeitos da “Operação Padrão” promovida pelos servidores públicos da Receita Federal nas fronteiras.

Conforme largamente publicado nos meios de comunicação, a operação iniciou em 27 de dezembro de 2021 e vem causando graves efeitos negativos no setor produtivo nacional e, em especial no Estado do Paraná. Na cidade de Foz do Iguaçu, na fronteira com o Paraguai e Argentina, cerca de 4 mil de caminhões carregados estão parados, causando prejuízo aos transportadores em montante superior a 4 milhões de reais. Além do prejuízo econômico, estão expostos a condições climáticas extremas (40ºC), sem condições adequadas de higiene e alimentação.

Os comerciantes e prestadores de serviços locais, que dependem da movimentação da fronteira, também são diretamente atingidos e os Portos sofrem com o atraso para embarques e desembarques. Além da demora decorrente da manifestação dos servidores, a estiagem prejudicou a navegação nos rios da região, aumentando o fluxo rodoviário da safra Paraguaia que abastece Paraná e Santa Catarina, que dependem de inspeção dos servidores do Ministério da Economia.

Ainda, a demora de, no mínimo, 05 dias para a liberação de cargas está refletindo na disponibilidade de contêineres nas exportações e liberação de caminhões oriundos do Mercosul. Importante destacar que o estado do Paraná representa cerca de 13% das exportações do Brasil2 , em recursos financeiros. Assim como, é o segundo maior produtor de grãos do país, com mais de 36 milhões de toneladas só no ano de 2019.

Portanto, o impacto econômico vai além da afetação da economia local. Os reflexos da mobilização da categoria estão afetando diretamente o setor produtivo do Estado do Paraná, que já está sendo penalizado pelas alterações climáticas, vez que é um estado predominantemente agrícola e, portanto, possui grande volume de cargas perecíveis. 

Fazem parte do G7, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Federação e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Fecoopar), Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar) e Associação Comercial do Paraná (ACP).

Transportadores que estão em situação insalubre e, toda a cadeia produtiva que fica afetada, com reflexo na mesa do consumidor. Entendemos que diante de uma mobilização que tem por fundamento a solicitação de reestruturação de carreira e reajustes salariais, necessário uma atuação firme e imediata do Governo Federal acerca de negociações com a categoria, pois toda a sociedade está sendo prejudicada. Desta feita, é que manifestamos nossa indignação e descontentamento com a atual situação e requeremos um posicionamento do governo Federal para solucionar a questão. Nossos mais elevados votos de estima e consideração.

Curitiba, 3 de fevereiro de 2022. 

Assinam o documento 

Fernando Moraes Presidente da Faciap e Coordenador do G7 José Roberto Ricken Presidente da Ocepar/Fecoopar Ari Bittencourt Vice-Presidente da Fecomércio/PR Ágide Meneguette Presidente da Faep Carlos Walter Martins Pedro Presidente do Sistema Fiep Sérgio Maucelli residente da Fetranspar Camilo Turmina Presidente da ACP

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