Nova Ponte entre PR e MS pode restabelecer protagonismo de portos na exportação de soja

Nova Ponte entre PR e MS pode restabelecer protagonismo de portos na exportação de soja

24 de fevereiro, 2023

O Porto de Paranaguá, no Paraná, já foi o principal ponto de saída da soja produzida no Brasil. Em 2004, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), de cada 100 toneladas do grão exportadas no país, 30 delas eram embarcadas no porto paranaense. O protagonismo do setor foi aos poucos sendo passado para o Porto de Santos, que hoje é responsável por 27% das exportações de soja.

O cenário, porém, se modifica drasticamente quando os portos são analisados em conjunto, como os do Arco Norte do Brasil. Somados, os portos de Porto Velho (RO), Miritituba (PA), Santarém (PA), Barbacena (PA), Itacoatiara (AM), Manaus (AM) e Itaqui (MA) exportaram, em 2022, mais grãos do que a unidade santista – é a primeira vez que o Arco Norte, com 38% das exportações de soja no Brasil, superou o Porto de Santos.

Segundo o Imea, um dos fatores que explica essa situação é o custo do frete, mais barato para o norte do Brasil. Uma carga de grãos com origem em Sorriso (MT) e destino ao porto de Miritituba (PA) teve queda no custo de transporte rodoviário de 53% entre os anos de 2016 e 2022 em relação ao custo de frete para enviar o mesmo produto ao Porto de Santos.

Para reverter este cenário e voltar a tornar o Porto de Paranaguá mais atraente para os transportadores, uma nova ponte entre os estados do Paraná e Mato Grosso do Sul está mais perto de sair do papel. A estrutura, que ligará as cidades de São Pedro do Paraná (PR) e Taquarussu (MS), terá cerca de dois quilômetros de extensão.

No último dia 13, o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), órgão responsável pela execução do projeto, anunciou a empresa vencedora para a elaboração dos Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) para a nova ponte. A empresa Prosul – Projetos, Supervisão e Planejamento arrematou o pregão com a proposta de R$ 2.992.382,95, com prazo de 18 meses para concluir os estudos. O valor será custeado pela Itaipu Binacional, após um acordo firmado entre a hidrelétrica e os governos de ambos os estados.

Fonte: NTC&Logística Foto: Cláudio Neves

 

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