G7 entrega propostas para candidatos ao governo do Estado

G7 entrega propostas para candidatos ao governo do Estado

29 de agosto, 2018

Presidentes das entidades representativas do setor produtivo do Paraná que integram o G7 - Fecomércio, Faep, Fiep, ACP, Fetranspar, Fecoopar e Faciap - participaram, na segunda-feira (27), na sede do Sebrae, em Curitiba, de um encontro com os três principais candidatos ao governo do Paraná, melhor posicionados em pesquisas, para a entrega do documento “Políticas Estratégicas em Apoio ao Desenvolvimento do Paraná”, com propostas do G7 para solucionar entraves e promover desenvolvimento do Estado. O evento iniciou com a presença da candidata Cida Borghetti do PP, seguida do candidato do MDB, João Arruda, e de Ratinho Júnior do PSD.

Antes da participação de cada candidato, o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, atual coordenador do G7, fez um rápido resumo das propostas. Ele frisou que um dos principais desafios de todos os candidatos é apresentar propostas que foquem num dos principais problemas atuais: o equilíbrio fiscal das contas públicas, ou seja, adequar as receitas com as despesas. A primeira a falar foi a atual governadora e candidata Cida Borghetti, que estava acompanhada do seu vice, Coronel Malucelli.

Cida Borghetti

A candidata iniciou sua fala pontualmente às 9h, pedindo a todos um voto de confiança para que seja a primeira mulher governadora eleita na história política nesses 165 anos de emancipação do Paraná. Destacou ainda que no estado existem muitas desigualdades e que as propostas do G7 contribuem muito para que sejam implementadas políticas específicas para diminuir essas diferenças. Cida disse que sua missão é respeitar “o sagrado dinheiro do contribuinte e, por isso, seu governo será transparente e com diálogo”. Comentou também sobre o veto dos deputados ao reajuste de 2,76% proposto pelo executivo estadual ao funcionalismo, classificando a decisão da Assembleia Legislativa como eleitoreira. Sobre o pedágio, afirmou que já notificou as concessionárias para iniciarem o fechamento dos atuais contratos que terminam em 2021, e que já realizou oito audiências públicas no Estado para coletar sugestões sobre o modelo ideal dos contratos das novas concessões rodoviárias.

Propostas

- Reuniões com o G7;

- Revitalização do Conselho de Desenvolvimento e Econômico do Paraná com maior eficiência (o processo será iniciado dia 3 de setembro);

- Compliance, maior transparência na gestão;

- Modernizar a administração com a implantação do Governo Digital;

- Desburocratizar e facilitar a vida das empresas e cidadãos;

- Celeridade nas liberações de licenciamento de atividades do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Corpo de Bombeiros;

- Levar o governo para os municípios;

- Parcerias estratégicas com o setor privado e terceirização de alguns serviços, por meio de Parcerias Público Privada (PPPs);

- investir em inovação em todos os órgãos de governo;

- Apoio às micro e pequenas empresas e empreendedores;

- Política de crédito com o fortalecimento do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Agência de Fomento e Programa Paraná Competitivo.

João Arruda

Já o candidato João Arruda, do MDB, disse que pretende administrar o Estado dialogando com todos setores, desde empresários a trabalhadores. Afirmou que não veio ao encontro de hoje com um programa de governo impresso e, sim, com ideias. “Sem promessas mirabolantes que muitas vezes não são colocadas em práticas, mas com compromissos. Venho aqui com os pés no chão para ouvi-los e receber as propostas do setor”. 

Arruda disse que baseou seu programa de governo em 15 eixos principais e que, se eleito, pretende ouvir todos os ex-governadores. Fez um relato da sua atuação como parlamentar na defesa dos micro e pequenos empreendedores, especialmente na apresentação de projetos de lei de interesse do setor.

Plano de governo

- Arruda destacou alguns pontos do seu plano de governo, que se baseiam em 15 eixos principais:

- Produção em movimento com apoio à principal vocação do estado, que é a agricultura;

- Apoio ao cooperativismo para dotá-lo de ferramentas para o desenvolvimento;

- Apoio à geração de emprego, destacando que o Sebrae pode ajudar com seu conhecimento sobre empreendedorismo;

- Cidades sustentáveis, com apoio à preservação do meio ambiente;

- Vida com mais saúde, com a melhoria da qualidade dos serviços de atendimento;

- Mais segurança, com investimentos na estrutura das polícias;

- Em relação ao pedágio, irá solicitar ao governo federal a renovação das concessões das rodovias federai para o Estado e estudar propostas viáveis;

- Declarar definitivamente o Estado livre da aftosa sem vacinação;

- Melhoria nos serviços de telecomunicações e de energia no Estado. Acabar com os apagões nesses dois setores;

- Coibir invasões e dar segurança jurídica ao campo;

- Regularização fundiária das pequenas propriedades para que possam ter acesso ao crédito rural.

Ratinho Júnior

O candidato do PSD, Ratinho Júnior, iniciou sua fala às 11h, e veio acompanhado do seu vice, Darci Piana. Devido a um outro compromisso, Ratinho Junior acabou não utilizando todo seu tempo, ou seja, os 50 minutos destinados a cada candidato. De forma rápida ele se apresentou, dizendo que tem 37 anos, é casado, e tem três filhos. Falou da sua experiência como deputado estadual e federal em quatro mandatos e frisou da sua atuação como secretário de Desenvolvimento Urbano no governo de Beto Richa. “Precisamos preparar o Paraná para dar um salto qualitativo na sua gestão. Vamos realizar um planejamento a longo prazo para que possamos fazer acontecer todas as obras de infraestrutura necessárias. Nossa meta é um planejamento para a década, tendo como foco principal nossa principal matriz econômica que é o agronegócio”. Segundo o candidato “o Paraná é o maior produtor agrícola do Planeta por metro quadrado e que o poder público não pode mais atrapalhar”, frisou.

Fundamentos

- Ratinho Júnior pontou alguns fundamentos da sua plataforma de governo:

- Maior incentivo à indústria de transformação, especialmente as agroindústrias para que os produtores possam tem uma maior rentabilidade;

- Desburocratizar a emissão de autorizações de órgãos oficinais na abertura de empresas;

- Cortar em 50% o número de secretarias, tendo no máximo 15 pastas;

- Diminuir o gasto da máquina pública e dar maior agilidade nas decisões;

- Modernização da gestão pública, saindo do modelo “Fordiano” para o modelo “Google”, com inovação e criatividade;

- Fazer uma ruptura nos privilégios, pois muitos órgãos têm regalias em excesso;

- Se preocupar menos com ideologia e mais com metodologia;

- Investimentos em infraestrutura com a iniciativa privada, em especial em rodovias e ferrovias com um novo modelo de concessões;

- Modernizar os serviços portuários para bem atender as demandas do agronegócio, com dragagem permanente do calado, aumentando o número de berços, e utilizar consultoria de especialistas internacionais dos portos de Rotterdam e de Cingapura

- Melhorias nos serviços de fornecimento de energia no campo, pois grande parte do serviço ainda monofásico;

- Pensar no Paraná como se fosse um país, estabelecendo prioridades, mas planejando a longo prazo;

- Sentar com as lideranças do setor produtivo a cada 30 ou 40 dias para discutir e avaliar a atuação do governo e;

- Debater com o agronegócio as principais demandas do setor, as quais serão levadas pelo próprio governador para Brasília.

Fonte: Sistema Ocepar Fotos: Ricardo Rossi

 

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