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O SEST SENAT trouxe a Curitiba na última semana a discussão de um tema latente na sociedade brasileira: a necessidade de medidas efetivas no tocante a prevenção e ao enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes. A instituição, em parceria com Childhood Brasil, promoveu o Encontro Regional do Projeto Proteção – Região Sul. O objetivo do evento foi discutir fatores econômicos, sociais e culturais que influenciam a realidade da violência sexual contra crianças e adolescentes na região Sul do país, fortalecendo estratégias pela proteção de crianças e adolescentes a partir da articulação de diferentes atores que compõem o Sistema de Garantia de Direitos.

Entre as entidades presentes estiveram representantes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Curitiba (COMTIBA), Fundação de Ação Social (FAS), Secretaria Municipal da Saúde, Ministério Público do Paraná (MPPR) e o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (NUCRIA) da Polícia Civil do Estado do Paraná.

Além dessas instituições, o Encontro Regional do Projeto Proteção em Curitiba reuniu representantes de empresas do setor de transportes, atores fundamentais para a proteção de crianças e adolescentes em todo o país. Presentes e atuantes de norte a sul do país, trabalhadores do transporte sensibilizados a partir do Projeto Proteção também passam a atuar como agentes de proteção.

O evento marcou o quinto Encontro em 2025, com o propósito de fomentar o compromisso intersetorial para erradicar a exploração sexual infantil no Brasil. 

Eva Dengler, superintendente de Programas e Relações Empresariais da Childhood Brasil, que mediou o painel “A prevenção da exploração sexual de crianças e adolescentes: a importância da atuação integrada entre os atores estaduais e municipais da rede de proteção”, destacou a importância do encontro para a articulação intersetorial frente aos desafios e oportunidades no enfrentamento à exploração sexual infantojuvenil nos estados do Sul.

“Um ponto importante para nós, nesses encontros regionais, tem sido levar o tema de forma mais ampla aos setores público e privado e à sociedade civil, a fim de discutir a exploração sexual em todas as regiões de nosso país”, explicou.

Raíssa Osório, analista do SEST SENAT, explicou sobre a atuação da instituição neste importante tema para a sociedade. “O SEST SENAT atua no enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes desde 2004. Com o Projeto Proteção, em parceria com a Childhood Brasil, nossa atuação passou a ser tecnicamente mais consistente a partir de 2017”, explicou. “Realizamos ações de mobilização e conscientização junto aos trabalhadores do transporte e à sociedade em geral, pela proteção de crianças e adolescentes. Até então, os debates eram nacionais, mas, neste ano promovemos cinco encontros regionais, para debater as características sociais, econômicas e culturais de cada região do país e, assim, elaborar estratégias mais eficazes para enfrentar essa grave violação de direitos. Curitiba, neste caso, fechou o ciclo, sendo a sede do quinto encontro regional”, enfatizou Raíssa.

Para o presidente da FETRANSPAR e do Conselho Regional do SEST SENAT no Paraná, Coronel Sérgio Malucelli, o encontro trouxe “propostas práticas e inspiradoras para a proteção de crianças e adolescentes. “É animador ver um trabalho tão consistente e bem articulado em um país que ainda faz pouco para enfrentar essa realidade. O setor de transporte, que reúne mais de 20 mil empresas somente no Paraná, precisa estar cada vez mais envolvido nessa causa”, completa.

Agenda intensa, debates consistentes 

Durante toda a manhã da última sexta-feira (12/09), foram realizadas inúmeras apresentações para um público de mais de 200 pessoas que lotou o auditório do SEST SENAT em Curitiba. 

Entre os temas apresentados está o Projeto Territorial Coalizão Paranaguá. A iniciativa reúne 15 grandes empresas que atuam na região portuária, além de órgãos municipais, estaduais e forças de segurança pública — como a Polícia Rodoviária Federal (PRF), e o próprio SEST SENAT, com o objetivo de proteger crianças e adolescentes contra a exploração sexual.

A proposta tem como base a conscientização de trabalhadores do transporte de diferentes modais, a exemplo de motoristas de ônibus, caminhoneiros e trabalhadores portuários, incentivando a denúncia de situações de risco aos órgãos competentes. A mobilização parte do princípio de que, quanto mais pessoas estiverem atentas, maiores as chances de prevenir a exploração antes que ela aconteça.

“Toda vez que unimos setor privado, setor público e sociedade civil no enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes, criamos um círculo de proteção e promovemos a prevenção. E essa é a ideia: prevenir antes que o fato ocorra”, afirma a superintendente de Programas e Relações Empresariais da Childhood Brasil, Eva Dengler.

Outa iniciativa que também despertou a atenção da plateia foi o projeto “Cão de Tribunal”, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Educação e Terapia Assistida por Animais (IBETAA) e que conta com a participação do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR). Implantado há pouco mais de dois anos, a intenção da iniciativa é proporcionar acolhimento humanizado a crianças e adolescentes que participam de momentos como a escuta especializada, especialmente em casos que incluem a violência sexual. Para isso, o projeto conta com o apoio de cães treinados que atuam como instrumentos terapêuticos, auxiliando a redução do estresse e da angústia nessas situações. 

Sobre o Projeto Proteção e a Childhood Brasil

O Projeto Proteção, baseado em dados do Projeto Mapear da PRF, atua em regiões com alto risco de exploração sexual infantil. De 2018 a 2024, mais de 1,6 milhão de pessoas foram sensibilizadas. Atualmente, 106 unidades do SEST SENAT realizam ações presenciais, e até 2026, todas as mais de 170 unidades estarão engajadas no projeto.

Para saber mais, acesse AQUI.

A Childhood Brasil, fundada em 1999 pela Rainha Silvia da Suécia, é reconhecida como uma das 100 melhores ONGs do Brasil nos últimos quatro anos e atua com foco na prevenção do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes.

Saiba mais em: https://www.childhood.org.br/ 

Fonte e Foto: Assessoria de Imprensa