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O Paraná está entre os estados que apresentam déficit de armazenamento de grãos para a safra 2025/2026 que deve ser de 120 milhões de toneladas. A projeção do ciclo de colheita no Brasil é de 358 milhões de toneladas.
A previsão para a safra 2025/26 no Paraná é de uma produção de 45,2 milhões de toneladas de grãos, representando cerca de 14% da produção nacional. Contudo, o estado possui uma capacidade de armazenagem total de 32 milhões de toneladas, o que gera um déficit estimado em 12 milhões de toneladas.

Nos últimos dez anos, enquanto a produção de grãos do Paraná cresceu 19,5%, a capacidade de armazenagem aumentou apenas 12,8%.  O estudo da Agrotis, empresa pioneira em tecnologia de gestão para o agronegócio, de Curitiba, aponta que o panorama é ainda mais expressivo em outros estados que aumentaram a produção, como explica o gerente de soluções agronômicas, Luiz Antônio Tavares.

O déficit de armazenagem força o escoamento rápido da safra o que gera filas e congestionamentos em armazéns, terminais ferroviários e portos. O armazenamento inadequado em sol aberto, por exemplo, afeta a qualidade dos grãos. Que chega à mesa dos consumidores. 

O especialista afirma que esse problema poderia ser resolvido com a criação de mais silos e armazéns, mas para isso acontecer seria necessária a diminuição na taxa de juros para os produtores.

O desequilíbrio entre produção e infraestrutura provoca gargalos logísticos, aumenta o custo de escoamento e obriga muitos produtores a venderem parte da safra antecipadamente, por falta de espaço seguro para estocar.

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Fonte: BandNews Foto: Divulgação