Parceria com instituto alemão pode aprimorar Despoluir

Parceria com instituto alemão pode aprimorar Despoluir

01 de junho, 2017

Parceria com instituto alemão pode aprimorar Despoluir

Em reunião em Brasília, na última semana, representantes da CNT, do SEST SENAT, do ITL e do Instituto alemão Fraunhofer IPK debateram uma parceria tecnológica de aprimoramento do Despoluir – Programa Ambiental do Transporte, que, em 2017, completa dez anos. A partir da lógica de produção de manufatura avançada – área de expertise da organização alemã –, o projeto conjunto consistiria no monitoramento on-line das emissões de CO₂ (gás de carbônico) de caminhões e ônibus. A proposta está sendo analisada e pode ser viabilizada ainda neste ano.

O Instituto Fraunhofer de Sistemas de Produção e Tecnologia de Design (IPK, na sigla em alemão) é uma das 67 instituições da Sociedade Fraunhofer, entidade alemã com quase 70 anos, e considerada a mais importante da Europa na área de pesquisa científica.

Ao apresentar a estrutura da CNT, o diretor para assuntos internacionais da Confederação, Harley Andrade, falou da atuação global da entidade por meio dos seus escritórios na China e na Alemanha. “Um dos nossos objetivos é atrair investimentos para o Brasil. No caso da Alemanha, somos inspirados pela capacidade tecnológica desse país sério, e esse é nosso foco”.

Sobre a proximidade com o instituto, Andrade destacou que será importante para elevar o Despoluir a um novo patamar tecnológico, além de abrir um leque de possibilidades de parcerias e aplicações futuras no setor de transporte. “Podemos agregar tecnologia aos nossos estudos e pesquisas. Tem muita coisa para ser discutida e aperfeiçoada a partir de novos modelos de negócio”.

O diretor-adjunto do SEST SENAT, Vinícius Ladeira, informou que, em uma década, o Programa Despoluir já realizou aproximadamente 2 milhões de aferições de caminhões e de ônibus em todo o Brasil, com 17 mil empresas e 20 mil autônomos atendidos. Ele ressaltou, contudo, que, com os veículos saindo de fábrica cada vez mais sofisticados, a tendência, de médio prazo, é que não seja mais possível realizar a medição da opacidade dos gases de escapamento. “É exatamente onde entra o Instituto Fraunhofer IPK, na busca de alternativas a essa aferição, e o próximo passo é monitorar o CO₂ que esses veículos emitem”, explicou.

O IPK é referência internacional em Indústria 4.0, conceito criado na Alemanha em alusão às três revoluções já vividas pelo setor industrial, e atua nas mais diversas áreas, entre elas o transporte. O gerente de operações do Instituto no Brasil, David Carlos Domingos, registrou que a organização dispõe de soluções tecnológicas que podem ser aproveitadas no transporte e informou que, em breve, pretende apresentar proposta para aplicação do novo monitoramento dos gases poluentes emitidos por veículos.

Também participaram do encontro a diretora de relações institucionais da CNT, Olívia Pinheiro, o diretor-executivo do ITL, João Victor Mendes de Gomes e Mendonça, e o diretor-adjunto do ITL, Clever Soares de Andrade Júnior. Pelo IPK, também esteve presente o chefe do Centro de Competência em Inovação de Estruturas e Sistemas (CCIS), Patrick Cap.

Fonte: Agência CNT de Notícias/ Diego Gomes 

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