Países assinam carta para promover desenvolvimento social da Região Amazônica

Países assinam carta para promover desenvolvimento social da Região Amazônica

06 de abril, 2017

Países assinam carta para promover desenvolvimento social da Região Amazônica

A capital do Pará sediou, na última semana, o Seminário Pan-Amazônico de Proteção Social. Durante cinco dias, representantes do Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Peru, República da Guiana e Suriname se reuniram em Belém no maior encontro internacional voltado para a região.

O objetivo do encontro foi promover e compartilhar experiências sobre proteção social entre os países da região. A interação entre eles é considerada um dos principais pontos para garantir os avanços e resolver os desafios do desenvolvimento social na Amazônia, que abrange a maior floresta tropical do mundo e uma das maiores reservas de água e de biodiversidade do planeta.

Participaram do encontro mais de 200 especialistas, gestores da assistência social, representantes de povos e comunidades tradicionais, movimentos sociais e organizações internacionais. Ao final, os países assinaram a Carta de Belém, documento que aponta os compromissos dos países em promover a justiça social, igualdade, proteção social e o uso sustentável dos recursos naturais da região.

Raios X

A Região Amazônica, com 6,9 milhões de quilômetros quadrados, passa por nove países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. Nessa região vivem cerca de 24 milhões de pessoas, incluindo mais de 342 mil indígenas de 180 etnias distintas, além de ribeirinhos, extrativistas e quilombolas.

 

Já a bacia hidrográfica do rio Amazonas é constituída pela mais extensa rede hidrográfica do mundo, com uma área total da ordem de 6.110.000 km², desde suas nascentes nos Andes Peruanos até sua foz no oceano Atlântico (na região norte do Brasil). Essa bacia continental se estende sobre vários países da América do Sul: Brasil (63%), Peru (17%), Bolívia (11%), Colômbia (5,8%), Equador (2,2%), Venezuela (0,7%) e Guiana (0,2%).

Amazônia Legal

Para planejar e promover o desenvolvimento social e econômico dos estados da Região Amazônica, o governo brasileiro criou, em 1953, o conceito de Amazônia Legal, elaborado com base em análises estruturais e conjunturais, assim seus limites territoriais tem um viés sociopolítico, e não geográfico, ou seja, a Amazônia Legal não é definida pelo bioma Amazônia, mas pelas necessidades de desenvolvimento identificadas na região.

A Amazônia Legal é uma área de 5.217.423 km², que corresponde a cerca de 61% do território brasileiro. Ela engloba os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do estado do Maranhão.

Essa região tem aproximadamente 21.056.532 habitantes, ou seja, 12,4% da população nacional. Segundo a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), cerca de 55,9% da população indígena brasileira, 250 mil pessoas, moram nessa região.

Parceria

O Seminário Pan-Amazônico de Proteção Social foi promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário em parceria com Banco Mundial, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ), Iniciativa Brasileira de Aprendizagem por um Mundo sem Pobreza (WWP), Marinha do Brasil, Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda do Pará e prefeituras de Belém, Barcarena e Acará.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, Agência Nacional de Águas e IBGE

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