Gás de esgoto será transformado em combustível para veículos

Gás de esgoto será transformado em combustível para veículos

26 de janeiro, 2017

Gás de esgoto será transformado em combustível para veículos

Uma parceria entre a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) e o instituto Fraunhofer, da Alemanha, vai permitir que Franca (SP) seja a primeira cidade do país a desenvolver uma tecnologia que transforma o gás gerado no tratamento de esgoto em combustível.

Para que os trabalhos sejam iniciados, o equipamento produzido no exterior saiu nesta segunda-feira (23) do porto de Santos (SP) com destino a cidade. Um planejamento logístico foi elaborado para o transporte em um contêiner por meio de um caminhão.

A instalação será feita na Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) de Franca onde serão colocados os filtros, reservatórios e demais peças que compõem o sistema. No  processo, o biogás gerado no tratamento do esgoto passa pela remoção das impurezas, umidade e aumento da concentração  de  metano.

O  resultado é um combustível, o biometano, que será  usado  no  lugar  na  gasolina,  do  álcool  e  do  GNV (gás natural veicular).  Como  a  ETE  de Franca possui vazão de tratamento de esgoto de 450 litros por segundo e produz em torno de 2.600 Nm³ de biogás, estima-se que possam ser  produzidos  1.700  Nm³  de  biometano  por  dia,  o  suficiente  para substituir 1.700 litros de gasolina comum a cada dia.

“Esse projeto traz uma série de benefícios, como a redução das emissões de gases de efeito estufa, inovações no saneamento, o domínio das tecnologias implantadas  e  uma  significativa redução de gastos com combustível. Além disso,  abre  várias  possibilidades  para  estudo  de  para  outros fins: inserção  em  redes  de  companhias de gás, produção de energia elétrica e fornecimento  do biogás para indústrias próximas”, afirma Cristina Knörich Zuffo, superintendente de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da Sabesp.

Em entrevista ao repórter Samuel Cintra pela Rádio Imperador AM 920, o gerente distrital, Rui Engracia Garcia Caluz, explicou que “o maior benefício é para o meio ambiente, mas no futuro as sobras desse combustível pode servir em novos convênios com empresas de ônibus e até frota da prefeitura” explicou.

Esse  combustível  alternativo será testado, com acompanhamento dos órgãos reguladores competentes, nos 49 veículos da companhia em Franca, que serão adaptados.  Ele tem ainda outra vantagem: é renovável, já que sua base é o esgoto produzido pelos moradores, comércio e indústria de Franca.​

Fonte: Samuel Cintra - www.popmundi.com.br

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