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2º Fórum de Modernização da Infraestrutura e Logística destaca investimentos no Porto de Paranaguá
27 de outubro, 2025
O Porto de Paranaguá é responsável pelo recebimento de 25% de todo fertilizante que entra no Brasil
Com a presença de 70 pessoas, o 2º Fórum de Modernização da Infraestrutura e Logística, promovido pelo Sistema Ocepar, nesta sexta-feira (24/10), contou com a participação do diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia da Silva. Em uma conversa de pouco mais de uma hora, realizada de forma virtual, os participantes puderam conhecer os principais projetos de investimento para o terminal.
A abertura do evento foi realizada pelo superintendente da Fecoopar (Federação e Organização das Cooperativas do Paraná), Nelson Costa, que deu boas-vindas a todos e falou sobre a importância de as cooperativas terem informação para planejar suas ações. Ele comentou sobre o projeto do Moegão (sistema de descarga ferroviária de grãos e farelos do Porto de Paranaguá), sobre o leilão do Canal de Acesso, realizado na última quarta (22/10), na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). “São investimentos que, nos próximos 10 anos, somam quase R$ 10 bi para modernização do Porto de Paranaguá”, pontuou.
Leilão Canal de Acesso
O diretor-presidente da Portos do Paraná iniciou sua fala afirmando que os investimentos mostram que o mercado tem acreditado no potencial de crescimento do porto, assim como o poder público. “São questões que nos colocam na vanguarda na geração de eficiência”, disse.
Garcia da Silva comentou sobre o leilão da última quarta-feira (22/10). Foi a primeira vez que um Canal de Acesso de um porto foi concedido à iniciativa privada, no Brasil. O Consórcio Canal Galheta Dragagem (vencedor do leilão) apresentou desconto de 12,63% na taxa que as embarcações pagam para acessar os portos, além de R$ 276 milhões de outorga. “Esses valores serão revertidos integralmente à nossa comunidade ou outras obras de infraestrutura que nós precisamos aqui”.
O Porto de Paranaguá é responsável pelo recebimento de 25% de todo fertilizante que entra no Brasil. Além disso, está em 1º lugar em exportação de carne congelada, exportação de óleo de soja e importação de álcool metílico, sendo vice-líder em exportação de açúcar, soja em grão, movimentação de contêineres e farelo de soja. Em dezembro de 2018, foram 53 milhões de toneladas movimentadas. Em dezembro do ano passado, o montante chegou a quase 67 milhões de toneladas – crescimento de 25,9% em seis anos.
Investimentos
Para construir o futuro portuário, o diretor-presidente citou os principais projetos. “Nós temos que trabalhar, enquanto porto, em três pilares: aquaviário, terrestre e terminais. No aquaviário, hoje temos 13,3 m calado para Paranaguá. Temos uma não competitividade frente aos nossos principais concorrentes. Essa nossa concessão [leilão realizado dia 22/10] mostrou-se a condição de voltar a um ambiente super favorável, de melhor condição de navegação, quando a gente fala de 15,5m de calado”, afirmou.
Sobre o pilar terrestre, Garcia da Silva comentou sobre concessões realizadas de rodovias do Paraná (com leilão de último lote previsto para próxima semana). “Isso demonstra para os usuários da rodovia uma segurança maior, mas para logística uma condição melhor desse fluxo que chega aqui no nosso porto”.
Sobre a questão ferroviária, segundo ele, há boas perspectivas. “Se o governo do estado conseguir emplacar, junto ao governo federal, uma nova malha sul Paraná -Santa Catarina com a Ferroeste junto, aí sim teremos um desenho muito adequado, trazendo carga de Maracaju (MS), carga de Foz do Iguaçu (PR) olhando para o Paraguai como possível investidor da infraestrutura também. Estamos no momento das definições. A malha sul termina em janeiro de 2027, a Ferroeste é uma concessão já existente, de 90 anos. Então, há condição jurídica hoje de discutir um grande e importante projeto ferroviário. Por isso que o porto vem trabalhando hoje para o Moegão”.
Moegão
O Moegão é um sistema de descarga ferroviária de grãos e farelos do Porto de Paranaguá. O complexo formado por moegas, acesso ferroviário, sistema de transporte vertical (elevadores de caneca), sistema de transporte horizontal (correias transportadoras), sistema de transferência de produtos (torres de transferência), sistema de alimentação dos terminais (torres de alimentação), balanças (ferroviárias e integradoras), prédio administrativo e prédio de manutenção.
Com área total de quase 600 mil metros quadrados, o Moegão terá capacidade para descarregar simultaneamente até 180 vagões, em três linhas independentes, que totalizam 3,8 quilômetros de esteiras. Cada linha terá capacidade de movimentação de 2 mil toneladas de cargas por hora.
Na prática, isso significa que o número de vagões descarregados no Porto de Paranaguá passará dos atuais 550 para 900 por dia, um aumento de 63%. Os grãos que chegarem ao porto por ferrovias e forem descarregados no Moegão serão enviados pelas esteiras aos 11 terminais interligados do Corredor de Exportação Leste.
“O Moegão não foi só pensado para o volume que movimentamos na região ferroviária hoje. Atualmente, movimentamos 5 milhões de toneladas. O Moegão foi estruturado para movimentar e receber 24 milhões de toneladas do modal ferroviário. Nós estamos pensando em todo esse grande projeto ferroviário do Paraná que vai acontecer. Nós não seremos o gargalo. O porto estará preparado para receber esse volume adicional”, finalizou.
Após a apresentação, os participantes fizeram perguntas e tiveram dúvidas esclarecidas por diretor-presidente.
Fonte: Sistema Ocepar Foto: Divulgação
Missão: Fortalecer o setor de transporte de cargas rodoviário paranaense, representando os empresários independentemente do cenário – político, econômico ou social - que se apresente.
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