Paraná tem quase 60% de sua malha viária regular ruim ou péssima

Paraná tem quase 60% de sua malha viária regular ruim ou péssima

30 de novembro, 2023

O setor de transportes do Estado do Paraná ficou apreensivo com os resultados apresentados pela Pesquisa CNT de Rodovias 2023, levantamento divulgado nesta semana e que mostra inúmeras deficiências e problemas na malha rodoviária em nosso Estado, em especial as rodovias federais. Com a ausência da iniciativa privada administrando trechos importantes e com a demora nos leilões para o novo Anel de Integração, a tendência é que essa situação pouco se modifique nos próximos anos e os prejuízos para sociedade se acumulem ao longo do tempo.

“É algo inexplicável: um dos Estados que tem uma das maiores participações no PIB nacional, conta com uma malha rodoviária deficitária, com pistas simples e com inúmeros problemas estruturais. O resultado disso é insegurança, vidas perdidas e um rombo nas contas das empresas transportadoras anualmente”, analisa o presidente do Sistema Fetranspar, Coronel Sérgio Malucelli.

A Pesquisa CNT de Rodovias avalia toda a malha pavimentada das rodovias federais e dos principais trechos em todo o Estado. Em 2023, foram analisados 6.386 km no Paraná, que representam 5,7% do total pesquisado no Brasil. Somente 41% das rodovias foram classificadas como ótimas ou boas, 43% como regulares e 16% como ruins ou péssimas. A Confederação Nacional dos Transportes avalia aspectos como a existência de trechos perigosos, o pavimento das pistas, sinalização, visibilidade para motoristas e faixas adicionais.

“Se compararmos o Paraná com outros Estados brasileiros, ele até figura como um dos melhores posicionados. Mas a questão não é essa. A pergunta que precisa ser feita é: a malha atende um dos principais Estados produtores da Federação?”, questiona Malucelli.

O retrato do Paraná é bastante preocupante segundo o Sistema Fetranspar. O estado geral de suas rodovias é 59,2% regular, ruim ou péssimo. Quanto ao pavimento, 53,7% apresentam problemas. A sinalização tem 47,0% de trechos regular, ruim ou péssimo.  

A Geometria é problemática em 59,3% da extensão e as pistas simples predominam em 77,9% da malha, sendo que falta acostamento em 47,2% dos trechos avaliados. As condições do pavimento no Estado geram um aumento de custo operacional do transporte de 29,9%, o que se reflete na competitividade do Brasil e no preço dos produtos.

“Hoje, segundo a pesquisa, seriam necessários cerca de R$ 5,45 bilhões em investimento para recuperar a malha viária paranaense. Sabemos das dificuldades para que isto aconteça em curto prazo, contudo o poder publico precisa iniciar um plano para agilizar a melhoria da infraestrutura paranaense e a pesquisa é um excelente balizador para que medidas possam ser implantadas”, destaca Malucelli.

Fonte: Assessoria de Comunicação Foto: PRF

 

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