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Mais da metade das estradas do Paraná apresentam problemas

23 de outubro, 2019

Pesquisa CNT 2019 avalia mais de 6,3 mil quilômetros de rodovias em todo o Estado em sua 23ª edição. Acompanhe um resumo de dados revelados na malha viária do Paraná.

A qualidade das rodovias paranaenses se apresenta deficitária em mais de 3 mil quilômetros de estradas avaliadas pela ‘Pesquisa CNT de Rodovias 2019’ que chega a sua 23ª edição. O levantamento foi divulgado pela Confederação Nacional do Transporte e pelo SESTSENAT na manhã desta terça-feira (22), em Brasília.

O levantamento avaliou toda a malha federal pavimentada e os principais trechos estaduais, também pavimentados. Em 2019, foram analisados 6.331 km no Paraná e 108.863 km no Brasil.

O estudo constata que o Estado Geral da malha rodoviária paranaense pavimentada tem algum tipo de problema em 56,1% dos trechos avaliados, sendo considerada regular, ruim ou péssima. Outros 43,9% da malha é considerada ótima ou boa.

Já a sinalização tem 40,4% da extensão considerada regular, ruim ou péssima. 59,6%, ótima ou boa. A faixa central é inexistente em 3,1% da extensão e as faixas laterais inexistentes em 13,0%.

A geometria se apresenta deficitária em 83,0% da extensão e 17,0%, ótima ou boa. As pistas simples predominam em 80,5%. Falta acostamento em 45,3% dos trechos avaliados. Nos trechos com curvas perigosas, em 51,0% não há acostamento nem defensa.

“O levantamento vem ao encontro daquilo que defendemos dia a dia na Federação: o Estado e a União precisam realizar investimentos urgentes na malha rodoviária paranaense. Nossa economia é dependente do transporte rodoviário de cargas. Enquanto essa situação perdurar não conseguiremos ter crescimento consistente, pois o custo operacional dos empresários se eleva e menos riquezas serão geradas e menos empregos serão criados”, defende o presidente da FETRANSPAR e Sest Senat no Paraná, Coronel Sérgio Malucelli.

A Federação aponta ainda que a segurança viária é outro item primordial que precisa ser visto com muita responsabilidade. “Não dá para tratar acidentes como estatística, se existem estudos que apontam para onde estão os gargalos é lá que há necessidade antes de resolver o problema para evitar que novas vidas sejam perdidas”, defende Malucelli.

Além de abordar a situação das rodovias sob gestão pública e sob gestão concedida, o estudo também realiza o levantamento das infraestruturas de apoio, como trechos com postos de abastecimento, borracharias, concessionárias e oficinas mecânicas, restaurantes e lanchonetes disponíveis ao longo das rodovias.

Acompanhe abaixo um resumo dos principais fatos revelados pela pesquisa CNT de Rodovias que avalia especificamente a malha viária do ESTADO DO PARANÁ:

1. Estado Geral: 56,1% da malha rodoviária pavimentada apresenta algum tipo de problema, sendo considerada regular, ruim ou péssima. 43,9% da malha é considerada ótima ou boa.

2. Pavimento: apresenta problemas em 53,1% da extensão avaliada. 46,9% têm condição satisfatória.

3. Sinalização: 40,4% da extensão é considerada regular, ruim ou péssima. 59,6%, ótima ou boa. A faixa central é inexistente em 3,1% da extensão e as faixas laterais inexistentes em 13,0%.

4. Geometria da via*: 83,0% da extensão é deficitária e 17,0%, ótima ou boa. As pistas simples predominam em 80,5%. Falta acostamento em 45,3% dos trechos avaliados. Nos trechos com curvas perigosas, em 51,0% não há acostamento nem defensa.

5. Pontos críticos: a pesquisa identifica 8 no Paraná, sendo 1 erosão na pista, 1 queda de barreira e 6 trechos com buracos grandes.

6. Custo operacional: as condições do pavimento geram um aumento de custo operacional do transporte de 26,4%. Isso reflete na competitividade do Brasil e no preço dos produtos.

7. Investimentos necessários: para recuperar as rodovias no Paraná, com ações emergenciais, de manutenção e de reconstrução, são necessários R$ 1,70 bilhão.

8. Investimentos em 2019: do total de recursos autorizados pelo governo federal para infraestrutura rodoviária especificamente no Paraná em 2019 (R$ 460,32 milhões), foram investidos R$ 375,03 milhões até setembro (81,5%).

9. Custo dos acidentes: o prejuízo gerado pelos acidentes foi de R$ 1,04 bilhão em 2018. No mesmo período, o governo gastou R$ 400,93 milhões com obras de infraestrutura rodoviária de transporte.

10. Meio ambiente: em 2019, estima-se que haverá um consumo desnecessário de 55,1 milhões de litros de diesel devido à má qualidade do pavimento. Esse desperdício custará R$ 195,26 milhões aos transportadores

Cenário Nacional

A Pesquisa CNT de Rodovias disponível no site da Confederação, é possível verificar os resultados nacionais e por Unidade da Federação, dados de investimentos, acidentes e meio ambiente, entre outros.

Segundo a Pesquisa, as condições das rodovias impactam diretamente nos custos do transporte.

Neste ano, estima-se que, na média nacional, as inadequações do pavimento resultaram em uma elevação do custo operacional do transporte em torno de 28,5%, sendo que o maior índice foi registrado na região Norte (+ de 38,5%). Transporte mais caro significa produtos mais caros e menor.

O presidente da CNT, Vander Costa, destaca a importância do investimento para que seja possível manter e expandir a malha rodoviária brasileira, garantindo a qualidade do tráfego de veículos. “É urgente a necessidade de ampliar os recursos para as rodovias brasileiras e melhorar a aplicação do orçamento disponível”, afirma. Segundo Vander Costa, “a priorização do setor nas políticas públicas e a maior eficiência na gestão são imprescindíveis para reduzir os problemas nas rodovias e aumentar a segurança no transporte”.

Ranking

Veja como estão posicionadas as rodovias paranaenses no Ranking da Pesquisa CNT 2019, no arquivo em anexo os entroncamentos ocupam respectivamente as posições: 20, 23, 30, 45, 47, 50, 58, 72, 77 e 82.

Confira detalhes do levantamento em todo o Brasil no endereço www.cnt.org.br
 

 

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