SEST SENAT - Entenda a importância de combater o mosquito da dengue para enfrentar a febre amarela

SEST SENAT - Entenda a importância de combater o mosquito da dengue para enfrentar a febre amarela

24 de janeiro, 2018

O SEST SENAT também soma esforços para disseminar informações e conscientizar a população, especialmente os profissionais do transporte e seus familiares, sobre a importância de se adotar medidas para evitar a proliferação do Aedes aegypti.

A relevância de atitudes cresce nesta época do ano, pois é período de chuvas. E, como todo mundo já deve saber, o Aedes deposita suas larvas onde há água parada e limpa.   

O mosquito é transmissor de vírus causadores de doenças graves, como dengue, zika, chikungunya e, também, febre amarela.

Febre amarela?

Exatamente. É por essa razão que, neste ano, o combate ao Aedes aegypti ganha uma importância ainda maior.

Vamos explicar:

Desde 1942, o Brasil não registra febre amarela urbana, mas somente a silvestre, cuja transmissão se dá em regiões de florestas.

A diferença é que, na silvestre, são os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes que transmitem o vírus. Os macacos são os principais hospedeiros; nessa situação, os casos humanos ocorrem quando uma pessoa não vacinada adentra uma área silvestre e é picada por mosquito contaminado. Já na febre amarela urbana, o vírus é transmitido ao homem pelo Aedes aegypti.
Por enquanto, conforme o Ministério da Saúde, os casos registrados no Brasil são somente da febre amarela silvestre.

Por que se preocupar?

Segundo a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), o número de casos registrados na América do Sul, no último ano, é o maior em décadas de vigilância sobre a doença. E a situação do Brasil chama a atenção porque é o único país da região a contabilizar novas pessoas infectadas em janeiro.

O Ministério da Saúde, além disso, identificou a circulação do vírus da febre amarela em áreas de mata próximas a centros urbanos com elevado contingente populacional.

Se, por descuido, permitirmos que o Aedes aegypti se prolifere com facilidade (em especial neste período em que a quantidade de chuvas é maior), o risco de a febre amarela urbana voltar a ser registrada no Brasil crescerá.  

Aí os fatores adversos se somam: mais mosquitos transmissores podem picar mais pessoas infectadas e levar a doença a um número cada vez maior de brasileiros.

Ou seja...

Combater o mosquito Aedes aegypti é fundamental para evitar surtos de dengue, zika, chikungunya e, também, para impedir uma nova ocorrência da febre amarela urbana.

Vacinação

A vacina contra a febre amarela é bem eficiente. A expectativa do Ministério da Saúde é que, com a campanha de vacinação em regiões onde se identificou maior risco de transmissão da doença, mais de 19 milhões de pessoas sejam imunizadas. Isso deve ajudar a conter o avanço no número de casos, mitigando, também, as chances da febre amarela urbana.

Veja, aqui, as orientações para profissionais do transporte.

Sintomas da febre amarela

Os primeiros sintomas da febre amarela são febre de início súbito, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. "A maioria das infecções são leves ou até mesmo passam despercebidas. Os casos graves, que podem levar à morte, são uma minoria, cerca de 10%. Mas, entre esses casos graves, em 50% ocorre o óbito", explica Luiz Fernando.  

Nos casos graves, a pessoa pode ter febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos, levando à morte.

Quem identificar alguns dos sintomas deve procurar um médico e informar se e quando tomou a vacina contra a febre amarela.

Não há tratamento específico contra a doença. O médico utiliza medicamentos para controlar os sintomas, como as dores no corpo e dores de cabeça, com analgésicos e antitérmicos. Salicilatos, como AAS e Aspirina, devem ser evitados, já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas.

E os macacos?

Eles são importantes! Os macacos são tão vítimas quanto as pessoas. Eles, assim como nós, são infectados ao serem picados pelos mosquitos vetores. Portanto, não adianta eliminar macacos (o que, aliás, causa prejuízos ao ecossistema e é crime ambiental).

Vaciná-los também não é possível, porque eles são animais silvestres, vivem nas matas e não há como fazer esse tipo de imunização e controle.

Aliás, os macacos são quem “avisa” onde está a febre amarela, o que faz deles peças fundamentais na

vigilância da doença.

O inimigo é o mosquito.

Fonte: SEST SENAT Foto: Mrfiza

 

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